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A Agonizante Morte do Filho de Deus: o clamor que rasgou os céus e a terra

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 18 de abr.
  • 2 min de leitura

Do clamor de dor ao rasgar do véu: a cruz expôs a humanidade de Cristo para revelar a divindade do plano eterno.
Do clamor de dor ao rasgar do véu: a cruz expôs a humanidade de Cristo para revelar a divindade do plano eterno.

Mateus 27:46,51 — “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? Isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? [...] E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.”


Naquela tarde sombria, o Gólgota se tornava o palco do mais dramático e profundo ato de redenção da história humana. Pregado no madeiro, Jesus Cristo, o Filho de Deus, grita em agonia, clamando ao Pai por que fora abandonado. Era o grito do homem, do corpo lacerado, da alma oprimida. Ali não estava um herói de ficção ou uma lenda idealizada, mas sim a pura realidade da natureza humana de Cristo, em sua máxima dor.


Desidratado, exausto, coberto de feridas, Cristo carregava não apenas o peso de uma cruz, mas a carga de todos os pecados da humanidade. Seus músculos dilacerados, ossos expostos, nervos em brasa. As 24 horas anteriores foram de tortura, de solidão, de julgamentos viciados e traições. A violência dos açoites romanos e a indiferença dos religiosos compunham o cenário do sacrifício.


Dos seus doze discípulos, quase nada restava: Judas o entregara, Pedro o negara, Tomé duvidava. Apenas João, firme e silencioso, assistia ao desfecho ao lado das mulheres que amavam Jesus. O silêncio dos céus diante do clamor “Eli, Eli, lamá sabactâni” ressoava como o eco da separação entre Pai e Filho, necessária para que a justiça divina se cumprisse.


Esse clamor não era desespero, era entrega. A terra tremeu, as pedras se fenderam, e o véu do templo — símbolo da separação entre Deus e os homens — foi rasgado de alto a baixo. O acesso estava aberto. O sacrifício estava consumado.


Efésios 4:8 nos lembra: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”. A morte foi vencida, e com ela, a condenação. A cruz, lugar de dor, tornou-se símbolo eterno da graça. E naquela aparente derrota, a maior de todas as vitórias foi selada.



Marcelo Damasceno

Petrolina - PE

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