Dom Paulo Cardoso celebra 40 anos de sacerdócio pleno na Diocese de Petrolina
- Marcelo Damasceno
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Frei Paulo Cardoso, da Ordem dos Carmelitas, consagrou sua vida ao evangelismo com um olhar especial para os pobres, fortalecendo a vocação sacerdotal no sertão nordestino. Em sua trajetória, destacou-se pela fundação do Seminário São José, voltado à formação de novos padres para a Diocese de Petrolina e para toda a região do Vale do São Francisco.
Natural de Caruaru, Dom Paulo tornou-se o bispo mais longevo da história da Diocese, servindo por 26 anos como pastor espiritual de uma das maiores circunscrições geográficas do país. Seu ministério sempre foi marcado pela simplicidade, pelo amor aos mais necessitados e pelo empenho na expansão das missões diocesanas.
Entre suas principais obras, está o fortalecimento da Romaria de Santa Cruz da Venerada, em Santa Cruz, que mobiliza milhares de fiéis anualmente. Sua presença era constante também nas ondas da Emissora Rural, irradiando mensagens de fé e esperança a todo o povo sertanejo.
Seu trabalho social foi profundamente enraizado nas ações de acolhimento: com a Casa de Passagem, no centro de Petrolina, acolheu andarilhos, dependentes químicos e moradores de rua, sempre com o olhar caridoso de quem via em cada pessoa um irmão a ser amado e protegido.
Mesmo agora, aos 90 anos, como Bispo Emérito, Dom Paulo não se afasta da missão de evangelizar. É presença constante em comunidades, paróquias e projetos sociais, especialmente em bairros populares como o Jardim Petrópolis, onde atua no resgate da cidadania de jovens e crianças invisíveis à sociedade.
Sexto bispo da história de Petrolina, Dom Paulo Cardoso é reconhecido como um verdadeiro "vaso de Jesus Cristo", restaurando vidas com seu testemunho de fé viva e operante. Sua trajetória é reflexo direto do espírito do Papa Francisco, mostrando a todos que o sacerdócio é uma vocação de serviço, amor e dedicação contínuos.
Com sua rotina diária de oração, aconselhamento e incentivo à vida familiar e comunitária, Dom Paulo Cardoso é hoje símbolo de uma Igreja próxima do povo e verdadeiramente missionária.
Por Marcelo Damasceno