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Gestão de Ednaldo Rodrigues na CBF é alvo de denúncias sobre gastos milionários e favorecimentos

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 5 de abr.
  • 2 min de leitura

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Thais Magalhães/CBF)
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Thais Magalhães/CBF)

Reportagem da revista Piauí revela uso de recursos da entidade para benefícios pessoais e políticos durante a Copa do Mundo


Brasília (DF) – A gestão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, voltou ao centro das atenções nesta sexta-feira (4), após a publicação de uma reportagem investigativa da revista Piauí que expõe articulações políticas e gastos milionários supostamente usados para consolidar sua permanência no comando da entidade.


De acordo com o conteúdo divulgado, a CBF teria financiado uma comitiva de 49 pessoas sem vínculo direto com a confederação para acompanhar a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Os convidados receberam passagens em primeira classe, hospedagem em hotéis cinco estrelas e ingressos para os jogos da Seleção Brasileira. O custo da operação teria girado em torno de R$ 3 milhões, pagos com recursos da entidade.


A lista de beneficiários inclui deputados federais, senadores, desembargadores, artistas, empresários, jornalistas, socialites e seus respectivos familiares. A medida foi classificada como parte de uma estratégia para ampliar a base de apoio político de Ednaldo, que foi reeleito de forma unânime com os votos das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão.


Em resposta, Ednaldo Rodrigues afirmou que “é praxe que entidades esportivas convidem personalidades para grandes eventos”, buscando justificar os convites como parte de uma ação institucional da CBF.


A reportagem também revelou reajustes salariais expressivos aos presidentes das federações estaduais durante a atual gestão. Antes de Ednaldo assumir, os dirigentes recebiam cerca de R$ 50 mil mensais. Atualmente, os salários ultrapassam os R$ 215 mil, incluindo benefícios como 16º salário e bônus adicionais.


Entre os episódios de favorecimento citados, destaca-se o caso de Roberto Góes, presidente da Federação Amapaense de Futebol e também vice-presidente da CBF. A confederação teria custeado sua estadia com a família em um hotel de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, além das passagens aéreas, sob o argumento de que sua esposa, a advogada Gláucia Costa Oliveira, realizaria um procedimento cirúrgico na capital paulista.


As revelações trazem à tona uma série de questionamentos sobre a governança e o uso de recursos institucionais dentro da CBF, aumentando a pressão sobre Ednaldo Rodrigues em um momento de atenção às práticas administrativas das entidades esportivas no Brasil. Marcelo Damasceno

PETROLINA PE

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