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Luto: Sertão perde Zé do Mestre, ícone da cultura e tradição nordestina

  • Foto do escritor: Marcelo Damasceno
    Marcelo Damasceno
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura


A cultura sertaneja se despede de um dos seus maiores representantes. José Luiz Barbosa, o eterno Zé do Mestre, faleceu nesta segunda-feira (24), no Recife, aos 92 anos. Mestre artesão e vaqueiro, ele dedicou sua vida à arte do couro, tornando-se referência no artesanato que compõe a identidade do sertanejo.


🟡 Uma vida dedicada ao Sertão

📍 Nascido em 29 de outubro de 1932, na Fazenda Cacimbinha, zona rural de Salgueiro (PE), Zé do Mestre começou cedo sua jornada no ofício. Aos seis anos, já ajudava o pai e, aos nove, confeccionou seu primeiro terno de couro com auxílio do primo Línio Belarmino Barbosa, que mais tarde se tornaria seu sogro.


🛠️ A arte do couro: um legado imortal

🔹 Especialista na confecção das 27 peças essenciais do vestuário do vaqueiro, Zé do Mestre produzia gibões, guarda-peitos, perneiras, luvas, arreios e chicotes – símbolos da cultura sertaneja.

🔹 Viveu toda sua vida na Fazenda Cacimbinha, preservando o conhecimento e a tradição herdada de seus antepassados.


🌍 Reconhecimento além-fronteiras


Seu talento ultrapassou os limites do Sertão e chegou ao mundo. Zé do Mestre vestiu tanto sertanejos anônimos quanto figuras ilustres, como:

✔️ Rei Juan Carlos da Espanha

✔️ Papa João Paulo II

✔️ Presidentes da República

✔️ Participantes da Missa do Vaqueiro, em homenagem a Raimundo Jacó


🎭 Patrimônio vivo da cultura nordestina

🔹 Suas peças fazem parte de acervos de colecionadores e museus, incluindo o Missionário Etnológico, em Roma.

🔹 Seu trabalho perpetuou a essência do vaqueiro nordestino e consolidou sua importância na cultura popular brasileira.


📌 Um mestre que se vai, mas deixa sua marca para sempre na história do Sertão. 🌵🎩



Marcelo Damasceno

Petrolina - PE

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