O côco: a fruta tropical que movimenta a economia e nutre milhões de brasileiros
- Marcelo Damasceno
- 19 de abr.
- 2 min de leitura

No Brasil tropical de temperaturas elevadas durante praticamente todo o ano, o côco surge como símbolo de saúde, refrescância e aproveitamento integral. Seja na casca ou no copo, ele é presença constante nas praias, nas ruas, nos supermercados e nos eventos populares. Com seu consumo cada vez mais elevado, o côco se consolida como um dos produtos naturais mais rentáveis da agricultura brasileira, especialmente no Nordeste.
Produção forte e contínua
Os estados do Ceará, Bahia e Pernambuco são referências nacionais no cultivo do côco, com destaque para os perímetros irrigados de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que sustentam uma produção praticamente ininterrupta ao longo do ano. O setor vem se profissionalizando, com o surgimento de empresas especializadas na cadeia produtiva do côco e o fortalecimento de linhas de crédito específicas, como as ofertadas pelo Banco do Nordeste, que incentivam o pequeno e médio produtor a investir com segurança e retorno garantido.
A produção movimenta uma extensa cadeia econômica: desde o cultivo, beneficiamento e transporte até a comercialização final, são centenas de empregos diretos e indiretos gerados em uma estrutura já consolidada no Nordeste e em partes do Sudeste.
Aproveitamento total e mercado fiel
Para o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Côco, Francisco Nunes, o produto é sinônimo de versatilidade e sustentabilidade:
“Existe um mercado fidelíssimo para o consumo do côco, um produto natural, prático e que vende. Esbanja saúde. E tudo é aproveitável: a carne branca, a casca, a água e até a palha. Nada se perde no côco.”
Em Petrolina e Juazeiro, supermercados de todos os portes, além de bares, lanchonetes e restaurantes, registram excelente rentabilidade com a venda da fruta. Além do côco in natura, outras formas de comercialização ganham espaço, como a água de côco embalada, os copos prontos para consumo e a tradicional venda nas ruas, praias e eventos.
“Vender o côco na casca ou já pronto para beber são opções que atendem ao consumidor moderno. A venda na ponta da rua ou nos eventos populares em tempos de festa é uma garantia de lucro para quem investe no negócio”, reforça Nunes, que atua há décadas no setor.
Saúde e economia de mãos dadas
O côco, além de refrescante, é rico em eletrólitos e nutrientes, sendo recomendado por nutricionistas como alternativa saudável para hidratação. O crescimento de hábitos mais naturais entre os brasileiros impulsiona ainda mais o consumo.
A fruta, que une tradição, saúde e renda, segue firme como uma das grandes apostas do agronegócio tropical e sustentável do Brasil.
Por Marcelo Damasceno
Petrolina – PE
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