Seis jornalistas da ESPN Brasil são suspensos após críticas à CBF
- Marcelo Damasceno
- 10 de abr.
- 2 min de leitura

Seis jornalistas do canal esportivo ESPN Brasil foram suspensos após comentários críticos à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realizados no programa “Linha de Passe”, exibido na última segunda-feira (7). A repercussão gira em torno das denúncias veiculadas pela Revista Piauí, que expuseram pontos controversos da atual gestão de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade.
Os profissionais afastados foram Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares. Todos teriam se manifestado de forma contundente contra a CBF durante o debate ao vivo, o que teria gerado desconforto na cúpula da entidade esportiva.
Segundo o portal UOL, após a exibição do programa, representantes da CBF procuraram a direção da ESPN para discutir o conteúdo apresentado. Internamente, a emissora – pertencente ao Grupo Disney – teria se irritado por não ter sido previamente informada sobre a pauta que seria abordada na edição do programa.
Os afastamentos ocorreram já na terça-feira (8), mas fontes ligadas à emissora indicam que os jornalistas devem ser reintegrados às atividades a partir de amanhã. Embora a ESPN tenha contrato para transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro, o acordo foi firmado por meio da agência PEAK, que representa a Liga Forte União (LFU), e não diretamente com a CBF.
No programa exibido na noite seguinte, a bancada do “Linha de Passe” foi composta por nomes alternativos: André Plihal, André Kfouri, Breiller Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi. A mudança também impactou a escala de transmissões esportivas da emissora, que precisou ser ajustada.
A CBF, por meio de nota oficial, declarou que "respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação. Qualquer narrativa diferente desta é mentirosa e leviana."
Até o momento, a ESPN não se pronunciou publicamente sobre o episódio.
Por Marcelo Damasceno
Comentarios